21.3.1{ – Pentagrama Publicações
15 quarta-feira abr 2015
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in15 quarta-feira abr 2015
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in25 quarta-feira mar 2015
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inBR Transição para o Agile Data Center.
25 quarta-feira mar 2015
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in25 quarta-feira mar 2015
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in02 segunda-feira fev 2015
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in– Gamelion 12 a 15 (2 a 5/02/2015) –
LÉNAIA (Λήναια): Festival que celebra Dionísio, deus do vinho e da fertilidade. Embora o festival não seja bem compreendido, ele provavelmente é realizado para trazer a fertilidade e a primavera. Há uma procissão, durante a qual o Daidykhos (carregador da tocha) diz: “Invoque-se o Deus” e os celebrantes respondem: “Filho de Sêmele, Iaco, Fornecedor de Prosperidade!”. Há também competições de drama (teatro), canção (música) e poesia. O Lenaia mais provavelmente tem esse nome por causa das Lenai, que eram Mênades (mulheres participantes nos ritos dionisíacos). À meia-noite, vestidas e portando os thyrsos (cajado), castanholas, tamborins, flautas e tochas, elas começavam uma dança extasiante que durava a noite inteira, em frente a uma imagem de Dionísio com uma coroa de flores. Esse ídolo é um poste simples, vestido em túnica de homem, com ramos de flores como se fossem braços levantados, e com uma máscara barbada de Dionísio. Diante dele ficava uma mesa com dois stamnoi (jarros, moringas) de vinho e um kantharos (cálice) entre eles; dos stamnoi as dançarinas bebiam o inebriante vinho.
# Como celebrar hoje: coma, beba e se divirta. Assista ou represente peças de teatro ou outro tipo de performance de palco. Recite os hinos órfico 30 e 45, os homéricos I, VII e XXVI ou hinos modernos a Dionísio. É também um bom momento para um rito noturno de dança, restrito, apenas com mulheres.
23 sexta-feira jan 2015
Posted 21.5{Línguas
inMatthew Youlden fala nove idiomas fluentemente e entende, pelo menos, mais de doze. Nós trabalhamos no mesmo escritório em Berlim, assim, frequentemente, eu o vejo em ação utilizando suas ferramentas, trocando de idioma como um camaleão muda de cor. Na verdade, por um bom tempo, eu sequer sabia que ele era britânico.
Quando eu contei ao Matthew a batalha que foi para eu aprender um segundo idioma, ele me deu os seguintes conselhos. Dessa forma, se você acreditar que você nunca poderá ser bilíngue, preste bem atenção nas próximas linhas!
Isso parece óbvio mas se você não tiver uma boa razão para aprender um idioma, haverá menos probalidade de você se manter motivado durante a longa caminhada. Querer impressionar falantes do inglês com o seu francês não é uma boa razão: já, querer conhecer um francês ou uma francesa no seu próprio idioma, é algo completamente diferente. Não interessa o seu motivo, uma vez que você decidiu aprender um idioma, é fundamental se manter firme em sua decisão: “Tudo bem, eu quero aprender esse idioma e, por isso, vou fazer tudo o que puder neste idioma, com este idioma e por esse idioma.”
Então, você fez a promessa. E agora, como fica? Como continuar? Há uma maneira certa, um caminho apropriado para aprender? Matthew recomenda a abordagem máxima de 360°: não importa quais ferramentas você usar, é fundamental praticar seu novo idioma todos os dias. “Eu tenho uma tendência de querer absorver o máximo possível no início. Assim, se eu estou aprendendo algo eu mergulho no aprendizado e tento usar o que estou aprendendo sempre que posso e todos os dias. Conforme os dias passam, eu tento pensar, escrever e falar comigo mesmo neste idioma. Para mim é preciso colocar em prática aquilo que você está aprendendo – seja escrevendo um e-mail, falando sozinho, ouvindo música, ouvindo rádio. Envolver-se, mergulhar na nova cultura é extremamente importante.” Lembre-se, a melhor forma de falar um idioma é fazer com que as pessoas falem com você. Ser capaz de ter uma simples conversa com alguém é uma enorme recompensa para si mesmo. Atingir metas como essas no início, tornará mais fácil a tarefa de manter-se motivado e continuar praticando: “Eu sempre tenho em mente que o melhor caminho é adaptar o próprio jeito de pensar ao jeito de pensar daquele idioma. Obviamente, o falante do espanhol ou o falante do hebraíco ou o falante do holandês não possue somente uma forma única de pensar, mas a ideia é utilizar o idioma para criar o seu próprio mundo linguístico.”
Matthew aprendeu vários idiomas junto com o seu irmão gêmeo Michael (eles decifraram o seu primeiro idioma estrangeiro, o grego, quando tinham apenas oito anos). Matthew e Michael ou os irmãos super-poliglotas, como eu gosto de chamá-los, ganharam seus superpoderes através de uma saudável rivalidade entre irmãos. “Nós estávamos sempre muito motivados e ainda estamos. Nós nos provocamos constantemente, praticamente empurramos um ao outro para conseguirmos chegar lá de verdade. Se ele percebe que estou conseguindo mais que ele, ele fica meio enciumado e tenta me alcançar (talvez porque ele seja meu irmão gêmeo) – e vice-versa.” Mesmo que você não tenha um irmão para viver sua aventura linguística, ter qualquer outro tipo de parceiro estimulará os dois a sempre se esforçarem um pouco mais e não deixar a bola cair: “Eu acho que essa é uma forma muito boa de aprender. Ter alguém com quem você possa falar é a ideia atrás do aprendizado de um idioma.”
Se você fizer da conversação o seu objetivo desde o início, você provavelmente não ficará se perdendo nos livros didáticos. Assim, conversar com pessoas que falam esse idioma será a parte mais relevante do seu processo de aprendizado: “Você está aprendendo um idioma para ser capaz de usá-lo. Você não vai falá-lo consigo mesmo. O lado criativo de aprender um idioma, é realmente colocá-lo em uso em situações do dia a dia – seja escrevendo letras de música, conversando com pessoas ou usando-o quando você viaja para o exterior. Se bem que você não precisa, necessariamente, viajar para o exterior para usá-lo, você pode ir no restaurante grego ali na esquina e pedir em grego.”
Usar o seu novo idioma é, de qualquer forma, um ato criativo. Os irmãos super-poliglotas praticavam seu grego compondo e gravando músicas. Pense em algumas formas divertidas de praticar seu novo idioma: faça um programa de rádio com um amigo, desenhe histórias em quadrinhos, escreva poemas ou simplesmente fale, fale e fale o máximo que você puder. Se você não conseguir descobrir uma forma de se divertir com o seu novo idioma, é possível que você não esteja seguindo o passo número quatro.
Isto não quer dizer que você deva sair por aí gritando sem parar, tendo ataques de choro ou que você deva melecar seu cabelo com comida quando for a um restaurante, mas sim, que você deve tentar aprender do jeito que as crianças aprendem. A ideia de que crianças aprendem melhor do que adultos tem provado ser apenas um mito. Novas pesquisas não puderam encontrar uma ligação direta entre idade e habilidade para aprender. A chave para aprender tão rápido como as crianças deve estar simplesmente em agir, em certas situações, da mesma forma que elas agem: por exemplo, a espontaneidade em falar aquilo que lhes vem à cabeça, o jeito com que brincam com tudo, inclusive com o idioma e a inexistência de bloqueios. Crianças, normalmente, não têm medo de dizer bobagens na hora de falar. Nós aprendemos errando. No caso das crianças espera-se que elas cometam alguns erros, já no caso dos adultos, isso parece ser um tabu. Pense em como é mais fácil ouvir de uma pessoa adulta, “Eu não sei”, do que, “ Eu ainda não aprendi isso” (Eu não sei nadar, eu não sei dirigir, eu não sei falar espanhol). Ser visto errando (ou tentando acertar) é um tabu social que não atinge as crianças. Aprender um idioma admitindo que você não sabe tudo (e que isso não é um problema) é a chave para se desenvolver e ser livre. Assim, deixe pra lá suas inibições do mundo adulto!
Boa vontade para cometer erros significa estar preparado para se colocar em situações embaraçosas. Eu sei, isso pode dar um medo danado, mas é a única maneira de se desenvolver e progredir. Não interessa o quanto você aprende, você não vai conseguir falar um idioma sem se mostrar: fale com estrangeiros na sua língua materna, pergunte pelo caminho, peça a comida no restaurante, tente contar uma piada. Quanto mais vezes você fizer isso, maior se tornará a sua zona de conforto e ficará muito mais fácil se sair bem em novas situações: “No início, você vai encontrar dificuldade: talvez com a pronúncia, talvez com a gramática, a sintaxe, ou você não conseguirá realmente entender as palavras. Mas eu acho que o mais importante é estar sempre desenvolvendo essa sensibilidade. Todo falante nativo tem uma sensibilidade para a sua língua materna e isto é o que faz dele um falante nativo – a capacidade de fazer do idioma o seu próprio idioma.”
Para aprender a desenhar, você precisa primeiro aprender a olhar, a observar. Da mesma forma, você precisa primeiro aprender a escutar para depois aprender a falar. O som de qualquer idioma parece meio estranho quando você o escuta pela primeira vez. Assim, quanto mais contato você tiver com esse idioma melhor. Os sons se tornarão cada vez mais familiares e, assim, será mais fácil falá-lo corretamente:
“ Nós somos capazes de pronunciar qualquer coisa, nós só não estamos acostumados a fazer isso. Por exemplo, o “r” rolado não existe na minha forma do inglês. Quado eu estava aprendendo espanhol havia palavras com esse “r” duro como em perro e reunión. Para mim, a melhor forma de lidar com a situação era ouvir constantemente e visualizá-lo ou imaginar como ele deveria ser pronunciado, pois para cada som há uma parte específica da boca e da garganta que nós usamos para conseguirmos produzir aquele som.”
Idiomas diferentes exigem diferentes movimentos da sua língua, lábios e garganta. A pronúncia é muito mais um processo físico do que mental. “Uma forma de treino – e isso pode parecer bem estranho – é realmente olhar uma pessoa enquanto ela está pronunciando aquele som que você não consegue produzir e tentar imitar esse som o máximo de vezes que você puder. Confie em mim, vai parecer ser bem difícil no começo, mas você vai conseguir. Na verdade, pronúncia é algo bem fácil de ser feito corretamente; você só precisa treinar.” Se você não pode observar um falante nativo ao vivo e a cores, assistir filmes estrangeiros ou televisão pode ser um bom substituto.
Não há problema algum em falar sozinho quando você não tem ninguém para conversar. “Isso pode parecer muito estranho mas, na verdade, falar sozinho no idioma é uma forma excelente de praticá-lo se você não pode utilizá-lo o tempo todo.” Esse método pode manter novas frases e palavras na sua mente e ajudá-lo a melhorar sua confiança na próxima vez que você conversar com alguém.
Você não chateará as pessoas se não falar bem o idioma delas. Se você começar uma conversa dizendo “Eu estou aprendendo e gostaria de praticar…”, a maioria das pessoas será paciente, encorajando você e sentido-se feliz em ajudar. Além disso, há aproximadamente um bilhão de falantes do inglês não-nativos no mundo todo, a maioria deles preferiria falar o seu próprio idioma se pudesse escolher. Tomar a iniciativa para entrar no mundo linguístico de alguém pode deixá-lo à vontade e fazer com que todos se sintam bem: “Com certeza, você pode viajar para o exterior falando seu próprio idioma mas você aproveitará muito mais se puder realmente se sentir à vontade no lugar onde está – conseguindo se comunicar, entender, interagir em todo tipo de situação que você possa imaginar.”
Nós demos uma introdução em COMO começar a aprender um idioma mas talvez você ainda esteja pensando em PORQUE aprendê-lo? Matthew tem uma última observação a esse respeito: “Eu acho que cada idioma revela uma forma de ver o mundo. Se você fala um determinado idioma, você terá uma forma diferente de analisar e interpretar o mundo da do falante de um outro idioma. Até mesmo idiomas que são bem próximos como espanhol e português, que podem ser considerados mutuamente inteligíveis, são da mesma forma dois mundos diferentes – duas mentalidades diferentes. Por isso, depois de ter aprendido outros idiomas e de estar cercado por outros idiomas , eu não poderia renunciar a qualquer um deles pois eu estaria renunciando a possibilidade de ver o mundo de formas diferentes. Não somente de uma forma, mas de diferentes formas. O estilo de vida monolingual para mim, é muito triste, muito só, é uma forma mais chata de ver o mundo. Há tantas vantagens em aprender um idioma; eu realmente não consigo achar nenhuma outra razão para não fazer isso.”
Traduzido por: Pedro Werneck
21 quarta-feira jan 2015
Posted 21-{CULTURA
inSó não sei que nada sei – Galileu | Revista.
Na última campanha eleitoral, muito marqueteiro experiente se aproveitou da guerra de informações falsas para – não fique surpreso – manipular dados e convencer o eleitor a votar no seu candidato. Mas uma pesquisa feita pela consultoria britânica Ipsos Mori e divulgada depois das eleições deixou claro que o problema da desinformação atinge o resto do mundo também.
O instituto responsável pelo estudo descobriu que boa parte das pessoas (e você provavelmente se inclui nesse grupo) está errada sobre quase tudo. Os participantes da pesquisa precisavam estimar vários índices sociais dos seus países, como taxas de criminalidade, de desemprego e de imigração. E a maioria não só errou, mas errou por muito. “As pessoas não levaram em conta o fato de nunca terem tido acesso a essas estatísticas, e deviam ter sido bem mais cautelosas em suas estimativas”, diz o professor de psicologia David Dunning, da Universidade Cornell, em Nova York.
Talvez a ignorância tenha sido estimulada pelas redes sociais, você pode pensar depois de certamente já ter se afogado pelo menos uma vez no mar de chorume promovido pelas discussões no Facebook. No entanto, você está errado (é bom ir se acostumando). “Medimos atividades de mídia social na análise, e não houve nenhuma relação real entre os níveis de atividade e quão ignorantes as pessoas eram”, diz Bobby Duffy, diretor do Ipsos Mori. “A verdadeira questão aqui não é a mídia ou a rede social, mas como lembramos e somos afetados pelas informações.”
Quando as pessoas se veem diante de dados concretos, costumam não dar lá muita bola. Mas quando ouvem uma história contada por uma pessoa próxima, que pode estar falando a verdade ou espalhando um boato sobre, por exemplo, o corte de políticas de assistência social do governo, aí sim a coisa adquire outro significado, mais real e importante. “Podemos ouvir uma história que até é verdadeira, só que incrivelmente rara e não representativa, mas ela vai colar de um jeito que uma estatística mais abrangente não conseguiria”, diz Duffy.
THE CHELSEA CLINTONS
Com as pontas dos cabelos pintadas de verde e pulseirinhas coloridas, a menina primeiro faz cara de dúvida, mas logo em seguida já está rindo, mascando seu chiclete com força e esbanjando confiança em frente a uma câmera. O repórter quer saber se ela conhece a banda The Chelsea Clintons. “Conheço a música deles. Não sei se vou ao show, mas conheço”, diz a jovem. E do que ela mais gosta na banda? “São divertidos. Passam uma energia boa, você nota que essa sensação vem de um lugar bom, poucas bandas conseguem passar isso.”
O curioso é que a banda não existe, nunca existiu, foi inventada apenas com o propósito de pescar sabichões por aí. Cenas como essa, do talk show Jimmy Kimmel Live!, são famosas no YouTube. Mas você certamente já pegou no flagra algum amigo ou conhecido arrotando conhecimentos inexistentes para se passar por entendido. Mostrar-se inteligente e posar de bem informado e engajado é característico da condição humana, afirma o professor Dunning.
Ele passou anos estudando e pesquisando comportamentos cognitivos para descobrir que nossa burrice é convicta. Com a ajuda de outros psicólogos, promoveu uma série de entrevistas semelhantes ao quadro de Jimmy Kimmel. Dunning perguntava aos entrevistados se eles tinham familiaridade com conceitos de física, biologia, política e geografia. Um expressivo número alegou familiaridade com termos genuínos como “força centrípeta” e “fóton”. Mas também afirmaram que conheciam coisas inventadas, como “pratos de parallax”, “ultra-lipid” e “cholarine”. “As pessoas não têm um índice interno expressamente separado do que elas sabem versus o que elas não sabem”, explica o professor. E, quanto mais confiança ao responder a uma pergunta, maior é a probabilidade de a resposta estar errada, como mostra a pesquisa do Ipsos Mori (veja abaixo).
O problema é que as pessoas tomam decisões a partir do que acham que sabem, em vez de basear-se nos fatos verdadeiros que desconhecem. É o que chamamos de efeito Dunning-Kruger: a incapacidade de perceber os limites do próprio conhecimento, que leva indivíduos com menos informação a acreditarem que sabem mais do que aqueles realmente entendidos. Os portadores dessa síndrome receberam de Dunning o carinhoso apelido de “idiotas confiantes”. “Os incompetentes são frequentemente abençoados com uma confiança inadequada, afiançada por alguma coisa que, para eles, parece conhecimento.”
21 quarta-feira jan 2015
Posted 21.3{Leitura
inOs 10 melhores poemas de Manoel de Barros | Revista Bula.
Pedimos aos leitores e colaboradores — escritores, jornalistas, professores — que apontassem os poemas mais significativos de Manoel de Barros, um dos mais aclamados poetas contemporâneos brasileiros. Nascido em Cuiabá em 1916, Manoel de Barros estreou em 1937 com o livro “Poemas Concebidos sem Pecado”. Sua obra mais conhecida é o “Livro sobre Nada”, publicado em 1996.
Cronologicamente vinculado à Geração de 45, mas formalmente ao Modernismo brasileiro, Manoel de Barros criou um universo próprio — subvertendo a sintaxe e criando construções que não respeitam as normas da língua padrão —, marcado, sobretudo, por neologismos e sinestesias, sendo, inclusive, comparado a Guimarães Rosa.
Em 1986, o poeta Carlos Drummond de Andrade declarou que Manoel de Barros era o maior poeta brasileiro vivo. Antonio Houaiss, um dos mais importantes filólogos e críticos brasileiros escreveu: “A poesia de Manoel de Barros é de uma enorme racionalidade. Suas visões, oníricas num primeiro instante, logo se revelam muito reais, sem fugir a um substrato ético muito profundo. Tenho por sua obra a mais alta admiração e muito amor”. Os poemas publicados nesta seleção fazem parte do livro “Manoel de Barros — Poesia Completa Bandeira”, editora Leya. Por motivo de direitos autorais, apenas trechos dos poemas foram publicados.
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Tem mais presença em mim o que me falta.
Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário.
Sou muito preparado de conflitos.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
O meu amanhecer vai ser de noite.
Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.
O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo.
Meu avesso é mais visível do que um poste.
Sábio é o que adivinha.
Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições.
A inércia é meu ato principal.
Não saio de dentro de mim nem pra pescar.
Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore.
Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma.
Peixe não tem honras nem horizontes.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas quando não desejo contar nada, faço poesia.
Eu queria ser lido pelas pedras.
As palavras me escondem sem cuidado.
Aonde eu não estou as palavras me acham.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de mim.
Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é nada. Só se compara aos santos. Os santos querem ser os vermes de Deus.
Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade.
O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
Por pudor sou impuro.
O branco me corrompe.
Não gosto de palavra acostumada.
A minha diferença é sempre menos.
Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.
Não preciso do fim para chegar.
Do lugar onde estou já fui embora.
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.
Sou leso em tratagens com máquina.
Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis.
Em toda a minha vida só engenhei
3 máquinas
Como sejam:
Uma pequena manivela para pegar no sono.
Um fazedor de amanhecer
para usamentos de poetas
E um platinado de mandioca para o
fordeco de meu irmão.
Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias
automobilísticas pelo Platinado de Mandioca.
Fui aclamado de idiota pela maioria
das autoridades na entrega do prêmio.
Pelo que fiquei um tanto soberbo.
E a glória entronizou-se para sempre
em minha existência.
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.
Assim é que elas foram feitas (todas as coisas) —
sem nome.
Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos errados de cor caíam no mar.
A voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos apertavam mangues.
Vendo que havia na terra
Dependimentos demais
E tarefas muitas —
Os homens começaram a roer unhas.
Ficou certo pois não
Que as moscas iriam iluminar
O silêncio das coisas anônimas.
Porém, vendo o Homem
Que as moscas não davam conta de iluminar o
Silêncio das coisas anônimas —
Passaram essa tarefa para os poetas.
Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas
O filósofo Kierkegaard me ensinou que cultura
é o caminho que o homem percorre para se conhecer.
Sócrates fez o seu caminho de cultura e ao fim
falou que só sabia que não sabia de nada.
Não tinha as certezas científicas. Mas que aprendera coisas
di-menor com a natureza. Aprendeu que as folhas
das árvores servem para nos ensinar a cair sem
alardes. Disse que fosse ele caracol vegetado
sobre pedras, ele iria gostar. Iria certamente
aprender o idioma que as rãs falam com as águas
e ia conversar com as rãs.
E gostasse mais de ensinar que a exuberância maior está nos insetos
do que nas paisagens. Seu rosto tinha um lado de
ave. Por isso ele podia conhecer todos os pássaros
do mundo pelo coração de seus cantos. Estudara
nos livros demais. Porém aprendia melhor no ver,
no ouvir, no pegar, no provar e no cheirar.
Chegou por vezes de alcançar o sotaque das origens.
Se admirava de como um grilo sozinho, um só pequeno
grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite!
Eu vivi antigamente com Sócrates, Platão, Aristóteles —
esse pessoal.
Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova.
Píndaro falava pra mim que usava todos os fósseis linguísticos que
achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam
que o fascínio poético vem das raízes da fala.
Sócrates falava que as expressões mais eróticas
são donzelas. E que a Beleza se explica melhor
por não haver razão nenhuma nela. O que mais eu sei
sobre Sócrates é que ele viveu uma ascese de mosca.
ava que vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.
Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Fal
Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:
a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca
b) O modo como as violetas preparam o dia para morrer
c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas têm devoção por túmulos
d) Se o homem que toca de tarde sua existência num fagote, tem salvação
e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega mais ternura que um rio que flui entre 2 lagartos
f) Como pegar na voz de um peixe
g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.
etc.
etc.
etc.
Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.
Desinventar objetos. O pente, por exemplo.
Dar ao pente funções de não pentear. Até que
ele fique à disposição de ser uma begônia. Ou
uma gravanha.
Usar algumas palavras que ainda não tenham
idioma.
Repetir repetir — até ficar diferente.
Repetir é um dom do estilo.
No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava
escrito:
Poesia é quando a tarde está competente para dálias.
É quando
Ao lado de um pardal o dia dorme antes.
Quando o homem faz sua primeira lagartixa.
É quando um trevo assume a noite
E um sapo engole as auroras.
Formigas carregadeiras entram em casa de bunda.
As coisas que não têm nome são mais pronunciadas
por crianças.
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos —
O verbo tem que pegar delírio.
Um girassol se apropriou de Deus: foi em
Van Gogh.
Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz .
Hoje eu desenho o cheiro das árvores.
Não tem altura o silêncio das pedras.
21 quarta-feira jan 2015
Posted 21.3{Leitura
inOs 10 melhores poemas de Charles Bukowski | Revista Bula.
Pedimos aos leitores, colaboradores, seguidores do Twitter e Facebook — escritores, jornalistas, publicitários, professores — que apontassem os poemas mais significativos de Charles Bukowski. Cada participante poderia indicar até cinco poemas. Poeta, contista e romancista Henry Charles Bukowski Jr. é considerado o último escritor maldito da literatura norte-americana. Nasceu na Alemanha, mas se mudou para os Estados Unidos aos 3 anos. Bukowski começou a escrever poesias aos 15 anos mas seu primeiro livro foi publicado somente 20 anos depois, em 1955.
Dotado de um humor ferino e comparado a Henry Miller e Ernest Hemingway, sua obra é marcadamente autobiográfica. O estilo obsceno e coloquial e uma aparente forma descuidada com a escrita com temas recorrentes como: prostitutas, alcoolismo, corridas de cavalos, experiências escatológicas, sempre dividiu a crítica. Para alguns apenas um resquício da geração beat de Jack Kerouac e Allen Ginsberg, para outros — como o filósofo francês Jean-Paul Sartre —, o maior poeta da América.
Eis a lista baseada no número de citações obtidas. Os poemas selecionados foram publicados nos livros “Os 25 Melhores Poemas de Charles Bukowski, editora Bertrand Brasil; “O Amor é um Cão dos Diabos” e “Textos Autobiográficos”, L&Pm Editores; e “Sifting Through the Madness for the Word, the Line, the Way: New Poems”. Por motivo de direitos autorais, foram publicados apenas trechos dos poemas.
(Tradução: Pedro Gonzaga)
há um pássaro azul em meu peito
que quer sair
mas sou duro demais com ele,
eu digo, fique aí, não deixarei que ninguém o veja.
há um pássaro azul em meu peito que
quer sair
mas eu despejo uísque sobre ele e inalo
fumaça de cigarro
e as putas e os atendentes dos bares
e das mercearias
nunca saberão que
ele está
lá dentro.
há um pássaro azul em meu peito
que quer sair
mas sou duro demais com ele,
eu digo,
fique aí,
quer acabar comigo?
(…) há um pássaro azul em meu peito que
quer sair
mas sou bastante esperto, deixo que ele saia
somente em algumas noites
quando todos estão dormindo.
eu digo: sei que você está aí,
então não fique triste.
depois, o coloco de volta em seu lugar,
mas ele ainda canta um pouquinho
lá dentro, não deixo que morra
completamente
e nós dormimos juntos
assim
como nosso pacto secreto
e isto é bom o suficiente para
fazer um homem
chorar,
mas eu não choro,
e você ?
(Tradução: Manuel A. Domingos)
se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração, da tua cabeça, da tua boca
das tuas entranhas,
não o faças.
se tens que estar horas sentado
a olhar para um ecrã de computador
ou curvado sobre a tua
máquina de escrever
procurando as palavras,
não o faças.
se o fazes por dinheiro ou
fama,
não o faças.
se o fazes para teres
mulheres na tua cama,
não o faças.
se tens que te sentar e
reescrever uma e outra vez,
não o faças.
se dá trabalho só pensar em fazê-lo,
não o faças.
se tentas escrever como outros escreveram,
não o faças.
se tens que esperar para que saia de ti
a gritar,
então espera pacientemente.
se nunca sair de ti a gritar,
faz outra coisa.
se tens que o ler primeiro à tua mulher
ou namorada ou namorado
ou pais ou a quem quer que seja,
não estás preparado.
não sejas como muitos escritores,
não sejas como milhares de
pessoas que se consideram escritores,
não sejas chato nem aborrecido e
pedante, não te consumas com auto-
— devoção.
as bibliotecas de todo o mundo têm
bocejado até
adormecer
com os da tua espécie.
não sejas mais um.
não o faças.
a menos que saia da
tua alma como um míssil,
a menos que o estar parado
te leve à loucura ou
ao suicídio ou homicídio,
não o faças.
a menos que o sol dentro de ti
te queime as tripas,
não o faças.
quando chegar mesmo a altura,
e se foste escolhido,
vai acontecer
por si só e continuará a acontecer
até que tu morras ou morra em ti.
não há outra alternativa.
e nunca houve.
(Tradução: Jorge Wanderley)
os barulhos do mundo
com passarinhos vermelhos,
são quatro e meia da
manhã,
são sempre
quatro e meia da manhã,
e eu escuto
meus amigos:
os lixeiros
e os ladrões
e gatos sonhando com
minhocas,
e minhocas sonhando
os ossos
do meu amor,
e eu não posso dormir
e logo vai amanhecer,
os trabalhadores vão se levantar
e eles vão procurar por mim
no estaleiro
e dirão:
“ele tá bêbado de novo”,
mas eu estarei adormecido,
finalmente, no meio das garrafas e
da luz do sol,
toda a escuridão acabada,
os braços abertos como
uma cruz,
os passarinhos vermelhos
voando,
voando,
rosas se abrindo no fumo
e
como algo esfaqueado e
cicatrizando,
como 40 páginas de um romance ruim,
um sorriso bem na
minha cara de idiota.
(Tradução: Jorge Wanderley)
terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida—
careca como uma lâmpada,
barrigudo,
grisalho,
e feliz por ter um quarto.
…de manhã
eles estão lá fora
ganhando dinheiro:
juízes, carpinteiros,
encanadores , médicos,
jornaleiros, guardas,
barbeiros, lavadores de carro,
dentistas, floristas,
garçonetes, cozinheiros,
motoristas de táxi…
e você se vira
para o lado pra pegar o sol
nas costas e não
direto nos olhos.
(Tradução: Jorge Wanderley)
é muito fácil parecer moderno
enquanto se é o maior idiota jamais nascido;
eu sei; eu joguei fora um material horrível
mas não tão horrível como o que leio nas revistas;
eu tenho uma honestidade interior nascida de putas e hospitais
que não me deixará fingir que sou
uma coisa que não sou —
o que seria um duplo fracasso: o fracasso de uma pessoa
na poesia
e o fracasso de uma pessoa
na vida.
e quando você falha na poesia
você erra a vida,
e quando você falha na vida
você nunca nasceu
não importa o nome que sua mãe lhe deu.
as arquibancadas estão cheias de mortos
aclamando um vencedor
esperando um número que os carregue de volta
para a vida,
mas não é tão fácil assim—
tal como no poema
se você está morto
você podia também ser enterrado
e jogar fora a máquina de escrever
e parar de se enganar com
poemas cavalos mulheres a vida:
você está entulhando a saída — portanto saia logo
e desista das
poucas preciosas
páginas.
(Tradução: Pedro Gonzaga)
outra cama
outra mulher
mais cortinas
outro banheiro
outra cozinha
outros olhos
outro cabelo
outros
pés e dedos.
todos à procura.
a busca eterna.
você fica na cama
ela se veste para o trabalho
e você se pergunta o que aconteceu
à última
e à outra antes dela…
é tudo tão confortável —
esse fazer amor
esse dormir juntos
a suave delicadeza…
após ela sair você se levanta e usa
o banheiro dela,
é tudo tão intimidante e estranho.
você retorna para a cama e
dorme mais uma hora.
quando você vai embora é com tristeza
mas você a verá novamente
quer funcione, quer não.
você dirige até a praia e fica sentado
em seu carro. é meio-dia.
— outra cama, outras orelhas, outros
brincos, outras bocas, outros chinelos, outros
vestidos
cores, portas, números de telefone.
você foi, certa vez, suficientemente forte para viver sozinho.
para um homem beirando os sessenta você deveria ser mais
sensato.
você dá a partida no carro e engata a primeira,
pensando, vou telefonar para janie logo que chegar,
não a vejo desde sexta-feira.
(Tradução: Jorge Wanderley)
todas as mulheres
todos os beijos delas as
formas variadas como amam e
falam e carecem.
suas orelhas elas todas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
maridos.
principalmente
as mulheres são muito
quentes elas me lembram a
torrada amanteigada com a manteiga
derretida
nela.
há uma aparência
no olho: elas foram
tomadas, foram
enganadas. não sei mesmo o que
fazer por
elas.
sou
um bom cozinheiro, um bom
ouvinte
mas nunca aprendi a
dançar — eu estava ocupado
com coisas maiores.
mas gostei das camas variadas
lá delas
fumar um cigarro
olhando pro teto. não fui nocivo nem
desonesto. só um
aprendiz.
sei que todas têm pés e cruzam
descalças pelo assoalho
enquanto observo suas tímidas bundas na
penumbra. sei que gostam de mim algumas até
me amam
mas eu amo só umas
poucas.
algumas me dão laranjas e pílulas de vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
malucas mas nenhuma delas é
desprovida de sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre
são as melhores em
outras coisas; todas têm limites como eu tenho
limites e nos aprendemos
rapidamente.
todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos de dormir
os tapetes as
fotos as
cortinas, tudo mais ou menos
como uma igreja só
raramente se ouve
uma risada.
essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto e a
carência me
sustentaram, me
sustentaram.
(Tradução: Pedro Gonzaga)
sempre quis transar com
henry miller, ela disse,
mas quando cheguei lá
era tarde demais.
diabos, eu disse, vocês
sempre chegam tarde demais, garotas.
hoje já me masturbei
duas vezes.
não era esse o problema dele,
ela disse. a propósito
como você consegue bater
tantas?
é o espaço, eu digo,
todo o espaço entre
os poemas e os contos, é
intolerável.
você deveria esperar, ela disse,
você é impaciente.
o que você pensa de céline?
perguntei.
queria transar com ele também.
já morreu, eu disse.
já morreu, ela disse.
importa-se de ouvir uma
musiquinha? perguntei.
pode ser legal, ela disse.
dei-lhe ives.
era tudo que me restava
naquela noite.
(Tradução: Pedro Gonzaga)
bem, eles diziam que tudo terminaria
assim: velho. o talento perdido. tateando às cegas em busca
da palavra
ouvindo os passos
na escuridão, volto-me
para olhar atrás de mim…
ainda não, velho cão…
logo em breve.
agora
eles se sentam falando sobre
mim: “sim, acontece, ele já
era… é
triste…”
“ele nunca teve muito, não é
mesmo?”
“bem, não, mas agora…”
agora
eles celebram minha derrocada
em tavernas que há muito já não
frequento.
agora
bebo sozinho
junto a essa máquina que mal
funciona
enquanto as sombras assumem
formas
combato retirando-me
lentamente
agora
minha antiga promessa
definha
definha
agora
acendendo novos cigarros
servido mais
bebidas
tem sido um belo
combate
ainda
é.
(Tradução: Jorge Wanderley)
esperando pela morte
como um gato
que vai pular
na cama
sinto muita pena de
minha mulher
ela vai ver este
corpo
rijo e
branco
vai sacudi-lo talvez
sacudi-lo de novo:
hank!
e hank não vai responder
não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa
nenhuma.
no entanto
eu quero que ela
saiba
que dormir todas as noites
a seu lado
e mesmo as
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas
e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de
dizer
podem agora ser ditas:
eu te
amo.
21 quarta-feira jan 2015
Posted 21.3{Leitura
in99 doses de Nietzsche | Revista Bula.
Publicado no Brasil pela editora Sextante, “Nietzsche para Estressados” é um pequeno manual que reúne 99 máximas do gênio alemão e sua aplicação a várias situações do dia a dia. No livro, cada capítulo é iniciado por um aforismo de Nietzsche, seguido de uma interpretação atual feita por Allan Percy, autor da compilação.
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844, na cidade alemã de Röcken. Escreveu centenas textos críticos sobre religião, moral, cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo uma predileção por metáfora, ironia e aforismo. Seu legado filosófico até hoje não perdeu o poder de inspirar.
“Aos 25 anos Nietzsche já era professor de filologia clássica. No entanto, sua atividade docente foi interrompida em 1870, quanto estourou a Guerra Franco-Prussiana. Nietzsche participou do conflito como enfermeiro, mas foi obrigado a abandonar Guerra por causa de uma disenteria, da qual nunca se recuperou totalmente. Obrigado a se aposentar prematuramente por conta de sequelas da doença, Nietzsche viveu na Riviera francesa e no norte da Itália, lugares que considerava ideais para pensar e escrever. Sozinho e frustrado por suas obras não alcançarem o sucesso desejado, foi vítima de seus primeiros acessos de loucura em 1889, quando morava em Turim e estava praticamente cego. Morreu em 1900, depois de longas temporadas em clínicas psiquiátricas.”
Neste post, reunimos os 99 aforismos compilados por Allan Percy.
1 — Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa.
2 — O destino dos seres humano é feito de momentos felizes e não de épocas felizes.
3 — Nós nos sentimos bem em meio à natureza porque ela não nos julga.
4 — Precisamos pagar pela imortalidade e morrer várias vezes enquanto estamos vivos.
5 — O valor que damos ao infortúnio é tão grande que, se dizemos a alguém “Como você é feliz!”, em geral somos contestados.
6 — Nossos tesouro está na colmeia de nosso conhecimento. Estamos sempre voltados a essa direção, pois somos insetos alados da natureza, coletores do mel da mente.
7 — A palavra mais ofensiva e a carta mais grosseira são melhores e mais educadas que o silêncio.
8 — Nossa honra não é construída por nossa origem, mas por nosso fim.
9 — O homem que imagina ser completamente bom é um idiota.
10 — As pessoas que nos fazem confidências se acham automaticamente no direito de ouvir as nossas
11 — Precisamos amar a nós mesmos para sermos capazes de nos tolerar e não levar uma vida errante.
12 — Só quem constrói o futuro tem o direito de julgar o passado.
13 — Alegrando-se por nossa alegria, sofrendo por nosso sofrimento — assim se faz um amigo.
14 — Não devemos ter mais inimigos que as pessoas dignas de ódio, mas tampouco devemos ter inimigos dignos de desprezo. É importante nos orgulharmos de nossos inimigos.
15 — O sucesso sempre foi um grande mentiroso.
16 — O homem é algo a ser superado. Ele é uma ponte, não um objetivo final.
17 — Falar muito de si mesmo pode ser uma forma de se ocultar.
18 — As pessoas nos castigam por nossas virtudes. Só perdoam sinceramente nossos erros.
19 — O reino dos céus é uma condição do coração e não algo que cai na terra ou que surge depois da morte.
20 — O homem é, antes de tudo, um animal que julga.
21 — A melhor arma contra o inimigo é outro inimigo.
22 — Os maiores êxitos não são os que fazem mais ruído e sim nossas horas mais silenciosas.
23 — O indivíduo sempre lutou para não ser absorvido por sua tribo. Se fizer isso, você se verá sozinho com frequência e, às vezes, assustado. Mas o privilégio de ser você mesmo não tem preço.
24 — Quem é ativo aprende sozinho.
25 — Nossas opiniões são a pele na qual queremos ser vistos.
26 — Não há razão para buscar o sofrimento, mas, se ele surgir em sua vida, não tenha medo: encare-o de frente e com a cabeça erguida.
27 — A razão começa na cozinha.
28 — O futuro influi no presente da mesma maneira que o passado.
29 — Não deveríamos tentar deter a pedra que já começou a rolar morro abaixo; o melhor é dar-lhe impulso.
30 — A maneira mais eficaz de corromper o jovem é ensiná-lo a admirar aqueles que pensam como ele e não os que pensam de forma diferente.
31 — Toda queixa contém em si uma agressão.
32 — No amor sempre existe algo de loucura e na loucura sempre existe algo de razão.
33 — Quem deseja aprender a voar deve primeiro aprender a caminhar, a correr, a escalar e a dançar. Não se aprende a voar voando.
34 — Quem luta contra monstros deve ter cuidado para não se transformar em um deles.
35 — São muitas as verdades e, por esse motivo, não existe verdade alguma.
36 — A mentira mais comum é a que o homem usa para enganar a si mesmo.
37 — Deveríamos considerar perdido o dia em que não dançamos nenhuma vez.
38 — Há mais sabedoria no seu corpo do que na sua filosofia mais profunda.
39 — Se ficar olhando muito tempo para o abismo olhará para você.
40 — As posições extremas não são seguidas de posições moderadas, e sim de posições contrárias.
41 — Preciso de companheiros, mas de companheiros vivos, não de cadáveres que eu tenha que levar nas costas por toda parte.
42 — Eis a tarefa mais difícil: fechar a mão aberta do amor e ser modesto como doador.
43 — A arrogância por parte de quem tem mérito nos parece mais ofensiva que a arrogância de quem não o tem: o próprio mérito é ofensivo
44 — Todos os grandes pensamentos são concebidos ao se caminhar
45 — Quem não sabe guardar suas opiniões no gelo não deveria entrar em debates acalorados.
46 — Dois grandes espetáculos são muitas vezes suficientes para curar uma pessoa apaixonada.
47 — Quem declara que o outro é idiota fica chateado quando, no final, descobre que isso não é verdade.
48 — Amigos deveriam ser mestres em adivinhar e calar: não se deve querer saber tudo.
49 — Usar as mesmas palavras não é garantia de entendimento. É preciso ter experiências em comum com alguém.
50 — Estava só e não fazia outra coisa além de encontrar-se consigo mesmo. Então, aproveitou sua solidão e pensou em coisas muito boas por várias horas.
51 — A potência intelectual de um homem se mede pelo humor que ele é capaz de manifestar.
52 — Gosto dos valentes, mas não basta ser um espadachim: também é preciso saber a quem ferir. E, muitas vezes, abster-se demonstra mais bravura, reservando-se para um inimigo mais digno.
53 — De que vale o ronronar de alguém que não sabe amar, como um gato?
54 — Para chegar a ser sábio, é preciso querer experimentar certas vivências. Mas isso é muito perigoso. Mais de um sábio foi devorado nessa tentativa.
55 — O cérebro verdadeiramente original não é o que enxerga algo novo antes de todo mundo, mas o que olha para coisas velhas e conhecidas, já vistas e revistas por todos, como se fossem novas. Quem descobre algo é normalmente este ser sem originalidade e sem cérebro chamado sorte.
56 — Quem não dispõe de dois terços do dia é um escravo.
57 — O melhor meio de ajudar pessoas muito confusas e deixá-las mais tranquilas é elogiá-las de forma veemente.
58 — O homem amadurece quando reencontra a seriedade que demonstrava em suas brincadeiras de criança.
59 — Ninguém é tão louco que não possa encontrar outro louco que o entenda.
60 — Na maior parte das vezes que não aceitamos uma opinião, isso acontece por causa do tom em que ela foi manifestada.
61 — Acredito que os animais veem o homem como um ser igual a eles que perdeu, de forma extraordinariamente perigosa, a sanidade intelectual animal. Ou seja: veem o homem como um animal irracional, um animal que sorri, que chora, um animal infeliz.
62 — Antes de se casar, pergunte a si mesmo: serei capaz de manter uma boa conversa com essa pessoa até a velhice? Todo o resto é passageiro num matrimônio.
63 — É muito difícil os homens entenderem sua ignorância no que diz respeito a eles mesmos.
64 — Pobre do pensador que não é o jardineiro, mas apenas o canteiro de suas plantas.
65 — Um poeta escreveu em sua porta: “Quem entrar aqui me honrará. Quem não entrar me proporcionará um prazer”.
66 — A verdade é que amamos a vida não porque estamos acostumados a ela, mas porque estamos acostumados com o amor.
67 — O homem é a causa criativa de tudo o que acontece.
68 — Seus maiores bens são seus sonhos.
69 — Quem não sabe dar nada não sabe sentir nada.
70 — As ilusões são certamente prazeres dispendiosos, mas a destruição delas é mais dispendiosa ainda.
71 — A essência de toda arte bela, de arte grandiosa, é a gratidão.
72 — Não é raro encontrar cópias de grandes homens. E, como acontece com os quadros, a maior parte das pessoas parece mais interessada nas cópias do que nos originais.
73 — Quem não teve um bom pai deve procurar um.
74 — Os poços mais profundos vivem suas experiências lentamente: esperam um bom tempo até saberem o que caiu em suas profundezas.
75 — Quando temos muitas coisas para guardar nele, o dia tem 100 bolsos.
76 — Uma alma delicada se sente mal quando sabe que receberá agradecimentos. Uma alma grosseira se sente mal quando sabe que precisa agradecer a alguém.
77 — Não se pode odiar enquanto se menospreza. Não se pode odiar mais intensamente um indivíduo desprezado do que um igual ou superior.
78 — Quantos homens sabem observar? E, desses poucos que sabem, quantos observam a si próprios? “Cada pessoa é o ser mais distante de si mesmo.”
79 — A guerra emburrece o vencedor e deixa o vencido rancoroso.
80 — Cada mestre não tem mais que um aluno e esse aluno lhe será infiel, pois está predestinado a ser mestre também.
81 — O mundo real é muito menor que o mundo da imaginação.
82 — Se você for magoado por um amigo, diga a ele: “Eu o perdoo pelo que me fez, mas como poderia perdoá-lo pelo que fez a si mesmo?”
83 — A esperança é muito mais estimulante que a sorte.
84 — O que não nos mata nos fortalece.
85 — Quem vê mal sempre vê pouco. Quem escuta mal sempre escuta demais.
86 — Toda vez que me elevo, sou perseguido por um cachorro chamado Ego.
87 — Todo idealismo perante a necessidade é um engano.
88 — Você tem o seu caminho. Eu tenho o meu. O caminho correto e único não existe.
89 — Toda convicção é uma prisão.
90 — Nossa vida nos parece muito mais bonita quando deixamos de compará-la com as dos outros.
91 — As pessoas esquecem de seus erros depois de confessá-los ao outro, mas o outro normalmente não se esquece.
92 — Eis a fórmula da felicidade: um sim, um não, uma linha reta, uma meta.
93 — A melhor maneira de começar o dia é se comprometer a fazer feliz ao menos uma pessoa antes de o sol se pôr.
94 — A simplicidade e a naturalidade são o objetivo supremo e último da cultura.
95 — A vida não é muito curta para que fiquemos entediados?
96 — Não atacamos apenas para machucar o outro, para vencê-lo, mas, algumas vezes, pelo simples desejo de adquirir consciência de nossa força.
97 — Nossas carências são os melhores professores, mas nunca mostramos gratidão diante dos bons mestres.
98 — Quem fica remoendo alguma coisa se comporta de maneira tão tola quanto o cachorro que morde a pedra.
99 — O amor não é consolo — é luz.
Ilustração: Amarildo
21 quarta-feira jan 2015
Posted 21-{CULTURA
inPond5 lança o Projeto Domínio Público com 75 mil arquivos para uso gratuito
A coleção inclui 10 mil vídeos em 4K ou Full HD
Link de alguns arquivos e link do projeto AQUI
Nova York, 20 de janeiro de 2015 O Pond5, líder mundial no mercado de mídias criativas e vídeos royalty free, anunciou hoje o lançamento mundial do Projeto Pond5 Domínio Público, a primeira biblioteca de conteúdo em domínio público gratuita feita especialmente para profissionais do audiovisual. A coleção inicial reúne 10 mil clipes de vídeo, 65 mil fotos e centenas de gravações em áudio e imagens em 3D.
“Por muitos anos, todo esse conteúdo incrível de domínio público esteve trancado e inacessível para o produtor médio de conteúdo”, disse o cofundador e CEO do Pond5, Tom Bennett. “Eles merecem mais. Nosso projeto de Domínio Público dá poder aos criadores de conteúdo para utilizar este incrível e rico arquivo que é, por direito, deles também.”
A coleção conta com 5 mil clipes inéditos, digitalizados diretamente da Biblioteca Nacional de Washington D.C. Outros destaques da coleção são as imagens do filme “Le Voyage dans
la Lune” de George Meliés de 1902, Jogos Olímpicos de Helsinki de 1952, Guerras Mundiais, lançamento de foguetes da Nasa, de estações espaciais, discursos de personagens históricos como Winston Churchill e John Kennedy, performances completas de obras de compositores como Beethoven ou Chopin. Desenvolvida especialmente para os criadores de mídia, os metadados padronizados e
aprimorados da biblioteca permitem que os usuários procurem conteúdo com facilidade, por qualidades estéticas e técnicas. Além disso, as sequências foram divididas em clipes individuais, economizando incontáveis horas de trabalho dos editores de vídeo e pesquisadores. Tudo o conteúdo esta disponível para download imediato, para o
compartilhamento em redes sociais e na web.
Sobre o Pond5
Com sede em New York, e escritórios em Genebra na Suíça e Praga na República Tcheca, o Pond5 recebeu recentemente um investimento de US$ 61 milhões da Accel Partners e Stripes Group. E emprega aproximadamente 80 pessoas em todo mundo.
Pond5 é um espaço para artistas e criadores de mídia comercializarem seu conteúdo, oferecendo o maior acervo de vídeo royalty free do mercado, além de mais de 19 milhões de
mídias criativas como: fotos, ilustrações, músicas, efeitos sonoros, after effects e 3D.
Criado em 2006, o site Pond5 funciona como um mercado aberto de mídia criativa, com mais de 35 mil artistas em sua rede mundial, a página surge em língua portuguesa com o objetivo de auxiliar a comunidade audiovisual brasileira na comercialização de conteúdo licenciado, tanto para quem procura mídias para suas produções, quanto para quem precisa de um espaço para vender o seu material.
“A versão em português é um passo fundamental para o Pond5”, diz o CEO e cofundador, Tom Bennett. “Há muita procura por conteúdo brasileiro no mercado internacional, pois a criatividade dos produtores nacionais é bastante reconhecida lá fora”, completa.
Com um modelo comercial único, que valoriza e apóia o artista, e o deixa livre para estipular o preço de venda de seu trabalho. O site Pond5 é o único no mundo que paga a metade do valor em cada venda, a melhor taxa aplicada no mercado. O resultado, diz Bennett, é o crescimento rápido da coleção, com conteúdos que possuem os preços mais acessíveis do mercado. “Nos últimos 12 meses, o acervo de vídeos, por exemplo, duplicou, alcançando a marca de 3 milhões de clipes de vídeo. Mantemos a qualidade das produções com uma equipe de curadores que visualiza e aprova as novas mídias inseridas na página.” Todo o conteúdo é licenciado com uma licença simples e livre de royalties que proporciona aos clientes o direito de uso mundial, para sempre, em todos os tipos de mídia.
14 quarta-feira jan 2015
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in14 quarta-feira jan 2015
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08 quinta-feira jan 2015
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06 terça-feira jan 2015
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in30 terça-feira dez 2014
Posted 21.6{Filmes
in24 quarta-feira dez 2014
Posted 21.5{Línguas
inPronúncia é sempre muito importante para a compreensão do que você diz, e também para a forma como você se apresenta ao seu interlocutor. Vamos estudar duas regras muito úteis nesse sentido?
A primeira é que palavras terminadas em “-ial” têm o acento tônico na sílaba imediatamente anterior a esse sufixo. Ou seja, a palavra será sempre paroxítona. Exemplos para você entender melhor: “official”, “artificial”, “confidential”. Veja que todas terminam em “-ial” e o stress está na sílaba anterior.
A segunda regra que vamos estudar é a que diz que palavras terminadas em “-ially”, “-ical”, “-cy” e “-ty” serão sempre proparoxítonas, ou seja, a sílaba tônica será sempre a segunda antes da última . Exemplos:
Terminadas em _ially: essentially, officially,
Terminadas em __ical: economical, practical, political
Terminadas em_cy: democracy, agency,
Terminadas em_ty: loyalty, activity, familiarity
Lembre-se de que toda regra tem exceção, mas se você aprender a regra hoje, já acertará a pronúncia de 80% a 90% das palavras.